O Sr. António, também conhecido por Tónio da Fronteira, é uma pessoa pacata e que chega sempre a horas onde tem que estar! Tudo o que nos fala são histórias das suas peripécias, alguns infortúnios, dos seus anos de trabalho, mas também da diversão e o quanto era bom estar junto dos seus amigos, sendo esses os momentos altos dos seus dias!
Diz-nos ele: “Trabalhei 37 anos na fábrica – ainda foi muito tempo, não foi? Era resineiro. Uma vez um amigo meu foi buscar umas castanhas e fizemos um braseiro… puxou o vinho, só tinha bebido dois ou três copos, mas era daquele morangueiro… saí de motorizada e tive um grande acidente. Era na curva na linha do comboio, em vez de virar, fui em frente, bati no muro de cimento e parti a perna… ainda fui operado.”.
Ficou com a marca no seu corpo e na sua memória, e a par com isso conta as aventuras e recorda o orgulho que é fazer parte das animações da sua terra: “Mas a gente naquele tempo espantamos o diabo! Deitava-me quase todos os domingos quase às 06 ou 07 horas da manhã!
Íamos para a festa, ver os ranchos, como é que era… gostava de lá ir. Ainda cheguei a fazer aqui festas em Prilhão, eu, fui mordomo… fiz um baile… ganhamos pouco com isso, mas ainda dava para os tocadores.” E era isso que interessava! Com pouco fazia-se muito, importava passar um bom bocado!