“Andei na escola, até aos 9 anos. Quando andava na 3ª classe, era a melhor aluna. A professora mandou-me para a casa dela, a fazer a comida, a esfregar a casa de joelhos e diz que me fizeram bruxedo, porque não consegui acabar a 4ª classe! Era a melhor aluna, mas quando era para passar… ainda tentaram que eu estudasse, mas não conseguia. Fazia tudo mal, tudo mal e só chorava. E a professora ainda me chamava para casa dela à noite para ver se eu fixava alguma coisa. Não fixava nadinha. Não fiz a 4ª classe e fiquei lá a servir com ela. Estive lá um ano e meio. Sempre servi, e eu toda contente – antes éramos alegres, tínhamos saúde.” (D. Trindade)
Desde cedo que começavam os lavores e a escola era substituída pelo trabalho e pelos serviços. As saídas eram maioritariamente motivadas pela necessidade de trabalhar para ajudar a família. Apesar disso, ficam as saudades dos tempos vividos e partilhados entre quem frequentou a escola e onde se iniciaram relações importantes que perduram na memória!