Memórias de Ilustres Desconhecidos #7

“Todos os dias ia para uma Quinta trabalhar, ia e vinha a pé, durante 10 anos. Andei na azeitona também, e toda a gente cantava – começava uma de um lado, outra do outro do cimo da oliveira. Quando andava nas terras tinha que pegar um boi pelos cornos e guiá-lo pelo terreno para não destruir as videiras quando passava! E ainda tinha de fazer outra coisa: o dono da Quinta encomendou-me que matasse as toupeiras que andavam nas terras e por cada uma que matava era 10 escudos que eu ganhava! Elas faziam muitos estragos no Milho. Saí da Quinta quando casei.” (D. Eugénia)

Os campos contam muito sobre a vida dos nossos povos! Além do trabalho, a imaginação não faltava e havia sempre algo com que entreter durante o trabalho braçal que era feito. As vidas de trabalho são também marcas da história popular e estão cheias de sabedoria que perduram até aos dias de hoje!

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